A busca por melhores condições de vida e sucesso impulsiona as pessoas que vivem em Los Angeles. Esta asserção imposta pela sociedade americana é o que determina o destino de todos. A idéia de crescimento como "movimento" caracteriza todas essas pessoas que lá tentam sobreviver. Para elas, o novo representa ponto de partida para o sucesso. Na década de 50 muitas pessoas para lá foram com o objetivo de retratar como era esta américa tão falada. A melancolia fazia parte do cenário das pessoas porém, a alegria era manifestada através do ícone chamado carro. O mesmo, foi utilizado para retratar a américa do ponto de vista diversificado. Morar em Los Angeles é habitar um carro. A idéia central das pessoas é o movimento, não importando como seja, num carro, motocicleta, ou à cavalo o que vale na verdade é a mudança.Nos subúrbios, a violência se faz presente. A morte para estas pessoas significa um ato heróico, ou seja sucesso, crescimento ou até mesmo movimento.
Próximo, temos Nova York que é composta por um grande número de habitantes resultando uma enorme diversidade, onde vivem pessoas oriundas de vários países.
No deserto da Califórnia a paisagem era pura e intocada ou seja, uma imagem de novo mundo raramente original. Esta impressão da américa chocou os europeus que em seus países tudo era marcado por acontecimentos. Para esses que na américa foram morar, tudo foi deixado para trás inclusive suas histórias marcadas por conflitos e mazelas. O peso destes acontecimentos deveria ser esquecido para que se pudesse reconstruir uma nova história. Na américa as terras eram abundantes e não precisavam ser comprados ou herdadas. Desta maneira, vários índios que lá habitavam foram dizimados e expulsos de seus terriórios. Para os europeus, os índios não eram uma cultura e sim um acidente geográfico, algo que podia ser removido. Os índios que sobreviveram migraram para reservas no Novo México.Os europeus na américa não tiveram que lutar pela sua história, eles apenas resolveram demarcar o lugar para torna-lo mas familiar com o objetivo de relembrar suas origens.
Para os europeus o que importava era a ocupação e a nomeação do território americano, algum signficado precisava ser dado à américa que com o passar do tempo foi aos poucos sendo refletida através de cartazes no deserto. Escreve-se no deserto para tonar este menos deserto, criando uma referencia que possibilite dizer que a américa é um lugar.
Nas estradas o que também se observa é uma mudança constante de pessoas que deixam à nostalgia para trás. No deserto não só as coisas são esquecidas, as pessoas também são. Isto ocorre, porque as pessoas vão tentar a sorte em outros lugares. A música em movimento avançado é um dos terrenos mais interesantes para os americanos da era pós-moderna. O jazz surge no início dos anos 60, a partir da fusão de elementos rítimicos, tribalisticos, sociais e até mesmo filosóficos. O que se prioriza no jazz é o carater experimental e a espontaneidade sonora que é desprovida de padrões e idéias pré-determinadas. Para os americanos o jazz não é apenas uma questão de música é sim uma questão de identidade.
O fundamental para os americanos é quebar os recordes ir sempre além, superando obstáculos e considerando que não existe limites. A américa com o passar do tempo não se restringiu a elementos do passado evoluiu e evolui a todo instante, isto à tornou uma das maiores potências do mundo. As estradas, o deserto, o blues e a cultura bastante diversificada é uma definição possível da américa atualmente tão respeitada.
Um comentário:
O texto está muito bem escrito !! apresenta uma linha condutora cenográfica coerente com os detalhes das cenas.
No entanto, faltou vc fazer uma análise sobre a parte final do filme onde a idéia de movimento geográfico dá lugar a simultaneidade de informações, em que as TIC são os elementos de deslocação, promovendo um outro tipo de trabalho, relações sociais e comerciais.
Nota = 8,5
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